As flores e o não estar presente

Esses dias fui comprar flores para um almoço que minha avó quer fazer para celebrar o seu aniversário.

Achei um lugar lindo e eu conversei com uma senhora, e eu sendo aberta fui falando, e ia escolhendo as flores e contando da minha avó. Liguei para minha avó, e a convenci que melhor era ela não ficar na siesta. Fui explicar a essa senhora que era melhor minha avó escolher porque aquela floricultura é tão bonita. Eu expliquei a essa senhora que minha avó tinha quase de 95. Na hora eu vi que essa senhora não prestava atenção, mas só achei que só não ligou muito de alguém fazer 95.

Fomos buscar minha avó e ela entrou no lugar, que disse que já conhecia e na hora, vovó cansou da pouca atenção que recebeu. Não de frescura, mas de ficar cansada de estar de pé sem a senhora falar com ela. Então vovó quis sentar no carro até ela poder estar presente.

Juro que na naquele dia não me dei conta do que aprendi agora, hoje. No primeiro dia a senhora volta e eu chamo minha avó para escolher e eu escolho as flores lindas e pago. Essa senhora me mostrou uma flor linda e eu fiquei tocada. Linda. E peguei.

Esses dias almoçamos para comemorar o aniversário de minha avó, antes do almoço oficial do final de semana. Desde então vovó não parou de pensar como tudo precisava ser arrumado na casa para este final de semana.

Detalhes de tudo e me disse hoje que faltavam poucas flores. Eu então resolvi ir lá de novo, e quando chegamos vou falando a uma senhora que amei a flor que ela me mostrou. Ela me conta que não foi ela. Olho e vejo a senhora. Ela é a mãe dessa outra senhora. Explico que eu esqueço os rostos etc. Conto das minhas perdas, falei do nadar e conto do vídeo que vi sobre nadar, olhando vejo a senhora e conto de como estava aprendendo dos estudos de nadar, e exercícios físicos, e da Irizina e como num estudo em Harvard sobre câncer, e no Rio sobre como indo ao cérebro e evitar pode evitar Alzheimer.

Não sou médica, e sempre acho melhor evitar cair no vicio do remédio, mas vi um vídeo sobre isso que parece vai virar um remédio.

Enfim, sei que quando estava hoje lá e mostrando a senhora e a filha que tbm é uma senhora e ela me contaram da vida delas.

Começou a filha me contando que não sabia nadar, não sabia viajar sozinha. Sempre acontece comigo porque conto de mim e os outros me contam deles, isso sempre pelo mundo, desde jovem. Essa “filha” contou dos cursos das flores na Holanda e de como não consegue aprender novas línguas. E eu fui contando, que se passa comigo, porque quando perdemos as capacidades de quando somos jovens de aprender é muito difícil aceitar aprender de novo. Talvez seja pelo meu orgulho interno de não aceitar não sei. é. É aceitar aprender de novo com o orgulho do passado.

Ela me contando de tudo da vida quando fui falar da mãe ela me contou que ela vem nessa floricultura, mas ela tem Alzheimer.

Eu fiquei surpresa. Aquilo que eu no primeiro dia, minha avó achamos que ela não ligava do que eu contava.

No entanto das flores ela sabia, contava o nome e saia andando. Só me dei conta escrevendo. O André achava que estava vendo outras coisas, minha avó não sei, e eu só achei que ela não prestava muita atenção, mas eu não ligava.

Hoje fiquei tocada. Fiquei tão surpresa e essa filha me disse. “Trago minha mãe porque não vou deixar em casa, nem retiro, melhor é vir comigo mesmo não estando muito presente.

Aquilo quando Andre estava por fora não acreditava. Hoje uma outra senhora me contou da sua epilepsia e as vezes não está presente, mas não liga.

Me faz me dar conta sempre que sabemos tão pouco. Porque é tão difícil nós aceitarmos não sabermos melhor. E sempre vemos o que nós sentimos por dentro.

Essa filha que já é maê, talvez até avo traz uma mãe que eu e minha avo nem nos demos conta. E hoje me deu consciência e mais valor, do que essa senhora com Alzheimer me mostrou e deu o nome dessa flor linda. Nem eu, nem o André, nem minha avó sabemos ou lembramos o nome.

Ela em alguns segundos sabe bastante. Sempre me faz lembrar dos Tibetanos. Impermanência.

Com amor, Ju

Os mistérios se nadar.

Esses dias inventei de ir ao clube. Honestamente não gostava de ir porque é longe de casa, e eu já de ficar no nadismo. O fazer pouca coisa.

Mas fui e quando fui fazer yoga achei meio sem graça por o clube pinheiros parece meio tudo de competições. E na yoga que fiz poucos dias lá achei que não era nenhum estilo de yoga que conheço desde de Us, Uk, India por muitos anos.

Falar de yoga é duro porque existe estilos, mas yoga é uma filosofia profunda. Sei que na pressa ninguém aguentaria uma yoga mais seria.

Portanto mudei para nadar. Nadar é uma coisas maravilhosa. Fazia tantos anos que não nadava. E lá pode ser uma luta, ou uma meditação.

Fiquei impressionada de ver pessoas idosas nadando calmamente.

Fiquei encantada. Cada vez que cruza a piscina e volta sao 100 metros.

Conheci senhoras maravilhosas. Uma gostava de Tai Chi chuan. Me tocou porque me fez lembrar como Tai era uma forma de meditar e de taoismo. Essa senhora que morava por fora não achava o Tai boa por aqui. Nem eu.

Depois fiquei amiga da Marta, uma senhora que nada 3 mil metros por dia. Isso me impressiona.

Mas ela me ensinou “ você nada e para quando ainda está com vontade de mais. Se continuar fica com dor no outro dia”

Eu a fraca vou no primeiro dia pouco. E aí já cai no vicio de nadar.

Naquela hora exagerei quando

sai queria dormir. Mas voltei a casa dos meus pais e comi chocolate 🙂 Quando voltei e fui fazer massagem de uma senhora japonesa . E voltei a casa a pé e perdi o cansaço. Alias para mim é bastante bom a bicicleta e hoje acordo com extremo desejo de nadar.

Eu que tinha preguiça de ir. Agora canso do nadismo (fazer nada).

Nadar é maravilhoso. E eu nem me lembrava. Ali é uma nossa libertação do nosso vicio de telefone.

Eu que sempre penso no budismo, seu maior inimigo é nosso maior amigos, nós mesmos. A piscina é assim.

As vezes até pondero porque há tantos caminhos. Eu não nado porque é ginastica, meditação. Não sei como amo muito.

Quantas pessoas que tenho conhecido superaram tudo que é doença serias e nadam. Tudo que nado eu passo por tudo.

Diria Lama Lobsang a vida é impermanente. E eu penso que vendo tantas pessoas nadando fica uma meditação como vipassana.

Espero que quem esteja passando por doenças graves, não leve a sério a medicina. Nos somos apenas parte de estudos. Assim como a historia ficou de quem ganhou.

Mantenha sua esperança de se melhorar. Nunca perca o valor da sua vida de alguém disse que não pode melhorar. Todos nos sabemos pouco das coisas. Independente de estudos.

Com amor, Ju

Conhecimentos das senhoras

Hoje fui almoçar com minha avó e mais uma vez aprendo mais coisas das pessoas mais velhas.

A minha avó tem quase 95 anos. Era para eu ir nadar mas quando ia minha avó me diz para ir comer, e lá fui eu.

Eu nao sou típica brasileira. Não ligo para tradições, coisas materiais e gosto de aprender da vida das pessoas. Sei que isso vem das possibilidades que tenho.

Hoje estava eu conversando com uma amiga da minha avó que tem 88. Ela me contou que ficou querendo saber porque moro com minha avó .

Contei que veio desde os meus conflitos políticos e ideológicos que temos desde de jovem e até de eu fugir com 18 anos sozinha para o Espirito Santo.

Contei que também morei muito fora do Brasil e da liberdade. Sozinha Australia, EUA, Holanda e viajando. E tbm com marido ou familia Argentina, UK e Peru.

Essa senhora me contou que a neta queria morar com ela e a filha não queria deixar. Que se aceitasse ela não falaria mais com a sua filha ( mãe da neta).

Essa mãe tinha dito à filha, quando chegou 2 da manha que se fizesse de novo, não poderia ficar mais em casa dela. Essa jovem com 22 anos, ficou revoltada e ligou para a avó.

Essa senhora de 88 disse à mae.

« Vocé tá louca? Quer deixar sua filha na rua? Essa tradição é do passado. Por isso casávamos jovens. Era para nós fugirmos da família. Como vc não percebe? Agora é a época de morarmos juntas antes de nos casarmos. Assim temos ideia. »

Fiquei tocada. Eu nunca fui na loucura de casar sem experiência . Já casei duas vezes. E eles até ficaram amigos. Mesmo porque a brava e chata, sou eu. Mas nunca na minha vida ia me prender assim nem por doença, nem por medo. E muito menos por machismo.

De onde será que vem essa loucura dessa mãe, de fazer controle de alguém?

O que mais me tocou é ver uma senhora de mais de 80 anos já saber disso. E sua filha ainda presa em controlar alguém.

Sábia ainda é minha avó que nem liga para as disputas das minhas brigas com meus pais. Nunca seria de me abandonar de ser neta. E nem deixaria mae. O mais belo é que minha avó sempre aceita as escolhas dos outros.

Sábia ainda mais porque a minha avó quando dá qualquer coisa, sabe que aquilo já não é mais dela e não é para controlar o que se faz com aquilo.

Incrível como a vida é livre mas alguns ficam na ilusão que podem controlar. Pena que alguns caem no controle e perdem o melhor único de cada ser humano: A Liberdade