Café e quem somos?

Como é maravilhoso eu estar melhor, de falar, de eu escrever e de eu voltar. Então eu vou te contar de quantas razões . Mesmo eu nuca soube, deixar claramente do que eu falo. Eu quero contar do processo de “descolonizar” a mente.      

E vou falar do frio interno e externo na minha vida. E de como vi por fora e dentro.
De como nós somos parte de colonizarmos da nossa terra America, da América latina.  

Antes de nós que viéramos, e antes de nós e claro, também pelos trabalhadores, como negros e escravos era o café para trabalhar

O café, e de como é mais parte de mim, e aos poucos eu sabia, como da história, que me fez ficar e lembrar como eu era afetada pela histórias, dos indígenas.

Mas a vida é irônica, porque até os cafés são selecionados de classe. E na verdade, me fez lembrar do café que era os selecionado lá na Italia. Lá eu aprendi de como da Colômbia e do Brasil iriam os bons para lá. Me fez lembrar como tomei na Turquia, e na Palestina.

E claro, somos muito viciados, ironicamente me fiz da faculdade de antropologia cognitiva, la na LSE eu iria tomar café e ler e estudos para estudar. O café me deixava acordar.   

Seria por que no abandono o meu doutorado sobre e a Palestina e Israel? Seria porque eu pensava de tudo de lugar que sou parte de quem sempre sou?   

E hoje eu com dor de cabeça precisava de café e fui tonar um banho. E a mente de tudo. E o André me disse que “acho que você vai perder o café”. E eu, “Nossa, eu tomo aqui :)”  Melhor  viciado. E eu no frio e me esquentava e num chuveiro. E lá a sua mente e escutava Alexa 🙂 .

Como as Fonos da Sueli e a Marcela e me fizeram, de eu estar de voltar a aprender  de esse caminho. E de Mozart
e me fazer a lembrar da Mente que foi eu voltar ao que eu estudei. Nem imaginam como ativaram a mente.
   

Mas, como digo que a vida é ironica, tomei banho com Bach e tomei café e vendo em minha mente que o café me deu a energia do café no banheiro quente, um resfriado fraco em comparação com a Europa, escrevo a mente. Aqui no frio tudo volta e é quem eu fui e sou.

E claro, Mozart me trouxe e um epilético como eu, mas acalma Bach. Sei que uma vez lembrar como quis celebrar meu aniversário  em  Salzburgo.

Um frio fraco, comparado ao da Europa, eu escrevo e a mente é ativada. Daqui volta que tudo e algo que era e sou. Mesmo parte da escravidão. Ainda sou parte de ouvir Mozart e Samba e penso, “Samba é “agoniza mas não morre” Nelson Sargento, de como somos gratos de que escutamos o Samba e o café e tantos que são de parte e nem tantos vêm o valor que dão.

Digo a nossa mente é o que sabemos. Tão mais que você não percebe. 

Mas também sei que a minha mente deve ir devagar. Eu sei que vou vendo de mim. Preciso de me descolonizando a minha mente. Quando eu sei que me descolonizando, não é tão fácil de nos abandonar de benefícios de como somos. É muito difícil de abandonar de nos encontrar.

Mundos

Escrevi ha anos , mas achei

“Esses dias tive que ir a uma entrevista para obter meu National Insurance Number. A entrevista foi num lugar que eu nunca tinha ido antes. O dia estava lindo e quente. Na minha mala eu carregava ´Clash of Fundamentalisms´do Tariq Ali. Livro sobre a perspectiva histórica do conflito entre fundamentalismo Islâmico e Ocidental. Carregava esse livro e estava vestida de blusa decotada vermelha quando de repente, sem perceber, eu entrei num outro mundo.

Entrei numa rua não muito grande onde só se via muçulmanos. Mulheres de todos os tipos de véu. Shayla, Chador, Khimar.. Contei 13 mulheres de Niqab, e até vi uma mulher de Burqa (Niqab o olho fica de fora, a Burqa era daquelas do Afeganistão, completamente cobertas). Os homens também estavam vestidos tradicionalmente com aqueles chapeuzinhos, se eu nao me engano chamado Kufi. Tunicas ( Djellabas ??) brancas, barbas compridas, as vezes brancas as vezes negras.

Me senti inapropriada, mal trajada, quase nua. Nem se quer compreendi como é que eu tinha mudado de mundo tão rapidamente. Mais uma vez ponderei sobre o encontro de culturas, construção de identidade, sobre liberdade, sobre religião, enfim sobre tantas questões sem respostas.

Fiz minha entrevista e sai procurando o jeito de voltar para casa. Perdida pedi ajuda a uma mulher toda coberta. Ela não falava inglês mas tentou me ajudar. Explicou em poucas, e quebradas palavras que estava indo na direção que eu precisava ir para pegar um ônibus ao centro ou o metro. Não compreendi se era para segui-la, ou não, agradeci , e me afastei com medo que talvez ela não pudesse estar tão próxima de mim. Em seguida, me envergonhei desse pensamento, pois ela olhou para trás espantada que eu não estava ao lado dela. Cedeu lugar ao seu lado.

Caminhei ao lado dela, um turbilhão de pensamentos, de perguntas, de emoções. Queria tanto saber um pouco sobre o mundo dela. Não sabia direito, se estávamos no mesmo, ou em mundos diferentes. Mas tinha certeza que a língua nos separava, e língua é um mundo em si. Ainda assim, não resisti e perguntei de onde ela era. Não me compreendeu, e começou falar alto numa língua que eu não entendia. Só então percebi que ela estava seguindo um homem, seu marido, que estava alguns metros na frente. Ele olhou para trás um pouco espantado ao me ver, enquanto ela provavelmente explicava que eu estava perdida. ´Ah! Eu te mostro o caminho´.

Caminhamos Juntos. Orgulhoso, mostrou- me seus filhos. Uma menina sentada no carrinho de bebê que a mãe empurrava, e o menino que estava segurando a mão dele. O menino era grande, de olhos bem negros, cílios muito longos, muito quieto. Perguntei quantos anos ele tinha, e o homem me respondeu que quase 4. Fiquei espantada, pois ele parecia mais velho, comentei com o pai e ele abriu um enorme sorriso.

Chegando na avenida principal, no ponto de ônibus , agradeci a ajuda e me despedi. Entrei no ônibus, e quando olhei mais uma vez para trás, senti enorme simpatia por aquela família. Pensei na vontade que eu tive de ´libertar´ aquela mulher e menininha dos véus que as cobriam quando as vi pela primeira vez. Dessa vez, quando olhei para trás, apesar de ainda não compreender totalmente, pensei numa outra coisa. Pensei nos índios, nos Nambikwara, nos Tupi, nos Aborígenes, nos Maori… Pensei que eles tão pouco deviam compreender o uso de ternos em lugares tropicais. Imaginei uma mulher indígena achando violento colocar um criança de 4 anos sentada numa sala de aula. Imaginei essa mesma mulher olhando para qualquer criança ocidental e querendo ´liberta-la.´ E pela primeira vez nossos mundos pareceram ;

Escrevi ha anos , mas achei

Você ou senhora ?

Eu nunca chamava a vovó  de senhora e sei que vários que chamam. E as últimas pessoas que viu e voar e foram as suas amigas. Assim é o valor de amizade, e a mente . 
Eu sempre achava que a mente tem que ser ativada e  nada  de senhoras .
Como amigas minhas , e eram da vovó. Já não tem mais essa de senhora.   
Amigas da vovó, 94, 96, e varias mais de 90 que se abrem comigo.  E amigas novas e e que não  eram da vovó. 
Ana Maria me disse “ Eu seu que sou uma senhora, mas me chama  você “ 
Assim estou aprendendo e me contou que a Ana Maria era  psicóloga e aposentada , mas e tinha aprendido e na Argentina. La eram mais evoluídas de fazer  faculdade, do que no Brasil, aqui só pensavam em ser de  casa.  .
Esses dias eu tenho conversado com com a Elsa e passamos dias conversando. 
Ela perdeu a visão, e na consegue ler, mas como começou a ficar a amizade de eu perguntar. Quando perguntei e aperta   
“você prefere senhora, ou não?”  e ela me disse
  “Você, essas palavras são velhas, me chame de você.  “

    O mais interessante é porque muitas coisas me disseram das coisas de que foram de muito tempo atrás, e de ser mãe. Contaram de como eram. E ela era Carioca como a amiga da minha avó.

Esses dias conversei com a Sonia e ja esta perto de fazer 96 anos.  A Sonia um tempo tinha cansado de morar como filha e outra cidade. 
Faz quase um ano que voltou sozinha e na sua casa. Cansada do Covid e ver a televisão. Mas esta escutando a musica e a Cultura. E ainda pensa como estou.
 A Daisy também eu falo no whats e musica.  Conversas muitos assuntos porque a sua mente.
Eu que falo com a fono e especialmente de musica e cognição.
Mas como eu já tive comas, e lesões e não melhorar a mente. Como passei nas aulas de como eu pensava. A nossa vida esta por dentro.  . 

Nada como a fono,  e estou escrevendo e falando melhor.

 Assim eu admiro as pessoas que estão aprendendo as coisas novas.
Ou seja,  não é uma pequenas crianças . Ou seja , nós temos que aprender varias novas coisas, de como fomos  bebês. E o melhor é que não queremos de senhor , senhora e a sua mente é alegada que o outro te descreve. .   

“ Neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neuronal ou plasticidade cerebral, refere-se à capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento neuronal e quando sujeito é exposto a novas experiências. [1 ] Esta característica única faz com que os circuitos neuronais sejam maleáveis, sendo a base da formação da memória e da aprendizagem, bem como na adaptação à lesões e eventos traumáticos ao longo da vida.”
Assim que tenho me lembrando nas minhas aulas de cognição na LSE . E tendo que escrever e falar e com pensamentos de la. . Assim Vovó tinha aprendendo do computador, suas amigas de utilizar o whats no telefone.
Eu nem sei porque as pessoas não não querem tentar. Talvez porque na nossa brigada e que de pequenos éramos mais adaptados os nossos erros.
Claro o nosso corpo materialmente é mais duro, mas a nosso mente temos que darmos valor de como somos, e todos podem ficar melhor. .
Por isso eu escrevo. A vida é a nossa liberdade de nós mesmos. Grandes companheiros da vida mas tudo é internamente. Com amor, Ju