Quem Somos?

A mente é um mistério. Minha tia me disse que eu gosto muito da palavra impermanência. Talvez por ter perdido áreas do cérebro que eu lembro mais desta palavras. Mas eu acho que a impermanência é a base da nossa existência como é a nossa mente.

O cérebro é um mistério muito grande, mas a profundeza enorme é de uma maneira de acordar e pensar oque é a mente ? Eu penso “ aquém pertence?” . Quando dormimos onde será que vamos e escolhemos ?” . Quando meditamos que parte do corpo que está escolhendo para onde vamos?.

Talvez nesse momento que nós estamos mais parados e nos fazem nós termos que lidarmos com nós mesmos. Estarmos mais perto do outro que nos conhecem, e não achamos que nos representa ao outro como somos.

Por que será que agora parados sempre procuramos um outro que fala o que queremos. Será está ali “quem somos?”

Mas mesmo do lado do outro tantas vezes preferimos escutar o outro falar enfatizar e mas são as coisa o que queremos. De alguma maneira quase tudo e todos precisamos quem sabe um dia “

Escrevo sobre isso porque o que mais me ajuda é meditar. Confesso que os tempos são muito pequenos porque a mente não gosta dessa busca. Nosso próprio corpo e a mente atrapalham. Que folga será esta? De manhã quando medito lembro o que não fiz e o que preciso fazer no futuro. Em outras palavras, o corpo e a mente se movimentam não gosta de descobri como é o presente. Mas essa é minha busca mas qua sempre me deixa no passado e do futuro. Mas aos poucos eles estão aumentando em achar a paz.

Lidar com o presente é incrível. Me lembro também de um palestino que contei a ele que eu era ateia e ele me disse que iria rezar a vida inteira por mim. Fiquei emocionada e ensinei ele a meditar, pois era maneira de agradecer das suas palavras de oque mais admiro na minha vida.

Sentei do lado dele quando passou meia hora eu abri o olho mas ele continuou. Ele meditou por mais de um hora quando eu me deslocava de mim para observar o outro. Quando abriu os olhos ele viu Deus. Fiquei tocada e mesmo com todas as minhas perdidas do cérebro algum lugar da mente nunca me fez esquecer. Oque será que vemos. Quem somos em, como a nossa mente vê?

A impermanência da vida é que nada se mantém nesse momento de tantas perdas e nos faz termos que lidar com a impermanência da vida quem sabe um dia vamos encontrar oque não parar e admirar o agora.

Todos os dias tento meditar. Sugiro a todos de tentar meditar, não importa quanto tempo e nem de representar ao outro e sim como nós somos.

E eu espero que não seja o foco negativo do meu egoísmo, eu lamentava demais como eu era antes. Mas nem naquela época até hoje não sei quem eu sou. Mas eu observo do possível do agora.

Quem sabe um dia nos encontramos nós mesmos. Nessa impermanência da vida vamos a todas as mudanças da nossa existência mas pela mente ou energia e espiritualidade de alguma maneira essa mente sente mais.. só não sei quem sou. Mas nessa busca traz a compaixão , a impermanence e a paz.

Com amor,

Ju

Faz 1 ano que vovô voou

Hoje faz um ano que vovó voou. Ela era amiga de todos. Para eu verificar as minhas memórias, liguei e conversei com a Sonia. Uma amiga da vovó que era amiga dela antes de elas serem casadas.

A Sonia tem 95 anos e voltou a morar sozinha. Ela me ensinou que vovó era uma lutadora e que se encontravam e se falavam, choravam e davam risadas. Amizade é tão profunda que é dos segredos profundos. Assim penso amigos é muito importante.

Vovó era uma amiga de todos. E ela se adaptava a ser amiga de todos. Comigo ela vinha estimular a tudo. Ela me visitou em todos os países que morei. Ela me visitou na Austrália quando fiz intercambio, nos EUA quando fiz faculdade, em Amsterdã quando fui estudar na faculdade de Política Internacional, me visitou quando fiz mestrado na LSE em Londres e só não foi me visitar no Peru porque ali ficou com a dor de Herpes Zoster. E teve dor até antes de voar.

Vovó adorava viajar com todos, como disse a Sonia que quando estava falando de uma viagem com outra pessoa e que vovó dizia “ me inclua” e isso ela nem sabia para onde elas estavam indo. E eu penso se vovó tinha uma solidão interna.

Vovó foi a madrinha do meu casamento com o André em Ubatuba. E eu era tão apegada a vovó que eu quis fazer o meu casamento no dia do Aniversário da vovó. Talvez assim deva ter deixado essa casa para mim. Em 2020 vovó foi comigo quando fui parar no hospital de novo por não tomar o remédio. Vovó nunca entendia por que eu não dava valor à medicina. Talvez assim com uma pessoa tão profunda que levo mais a sério Dr. Getulio, e agora Dr. Rodrigo.

Sou tão grata às amigas da vovó que já tomaram a vacina de Covid 19 e elas não param de ser minhas amigas. E claro pelo whatsapp. Todas estão sendo modernizadas.

Vovó era apegada a todos os parentes e amigas. E antes de voar ela foi visitar a Sonia e viu a Nazaré, a Dulce e a Maria Helena. Ela acordava e fazia palavras cruzadas.

Vovó falava e lia em português, inglês e francês. Ela adorava ser minha companheira no teatro, na exposição de arte, cinema, na música clássica. E até foi comigo fui ver o choro do Izaias. Ela adorava viajar. E sempre se adaptava a todos.

Suas memórias na infância de ficar muito paras empregadas da casa. Vovó não esquecia de nada. E ela sempre pensava nos outros.

Ela adorava se modernizar. Adorava saber o de agora e não ficar presa no passado. Ela ficava Infeliz de eu ficar pensando do passado. Eu tinha que parar de pensar do que perdi. Tenho que lutar de estar presente.

Vovó era de agora e do futuro. São de agora. E esquecer o passado e tratar de estar aqui, mas se alguém perguntar, ela contava. Confesso é duro eu parar e pensar. Tudo que quero é ser como “a minha avó”. Aprender ser mais humilde, de ser de hoje, e estimular a estar aprendendo as coisas novas.

Vovó voou do meu lado. E eu sentia que iria voar. Eu estava sentindo por 1 mes. E ao seu lado quando a emergência disse: “você quer que ela viva por você, ou quer ela viva por ela?” Eu já sentia desesperada que estava morta. Mas aquela frase eu nunca vou me esquecer. Porque era por mim. Vovó sofria e tomou tanto corticoide. Nada fazia efeito. Hoje penso talvez podia ser covid. Mas nenhuma do lado teve. E nem se foi analisado. Mas fazia muito tempo que vovó tinha dor.

Eu hoje sei que era por mim. E ainda sinto saudade. Mas como a Sonia me explicou, vovó era uma lutadora. E espero que todas nós lutadoras, que choramos e damos risadas. Eu espero que eu consiga ser vovó de compaixão a tudo.

Mas o ideal eu deixar oque a Sonia me disse esses dias.

“Julieta, você tá bem, se cuida bem aí viu? Aproveita essa paisagem linda, esses pássaros. A vida vai sempre continuando. O que a gente precisa é estar bem com a gente mesmo, estar feliz com o momento, o que a gente pode usufruir. As perdas não se repõem, essas perdas não têm como substituir. É a saudade, horas de tristeza, horas de alegria, de tantas lembranças. Realmente, eu acho que a sua avó faz muita falta. Eu também tenho muitas saudades dela, foi uma época muito boa, muito engraçada, brincávamos muito. Fomos felizes, foi muito bom. Agora começam as despedidas.”

Vovó era católica e voou no dia de São José e a Sonia me disse quer era um dia muito bom. Mas eu tento ver o céu e o Sol e o Sol na frente do Mar e penso nas das filosofias de Taoismo. Penso que estamos num circulo. Espero que nós respeitamos a natureza porque ela existe muitos antes de nós. Vovó nunca saiu de mim, nem de sonho e nem das amigas da vovó, e de quem a conheceu. Mas como disse a Sonia “ Agora começam as despedidas ” e eu penso na terra.

Mas no Católico ela está no Céu, no Tao está no espirito. A Saudade está na terra mas ela existe de alguma sempre e como dizia vovó dizia “ Julieta , voce é a mais religiosa que eu conheço e diz que é é ateia” Eu dava risada. Mas hoje só sinto que ela ainda está aqui. Não importa como se chama e qua teologia e filosofia que escolhemos. Os que voam sempre ficam conosco. Espero que todos nós aceitamos da forma que nos faz sentindo.

Com amor, Ju