Sempre quis escrever um livro, mas aos poucos como uma Flor de Lótus, e no meio de uma Mandala. E esses dias no meu caminho descobri como o Lotus é a nossa vida.

Aprendi que é um dos símbolos mais importantes para o budismo. E meu primeiro coma na Tailândia em 2013, quase morri e com muitas lesões cerebrais.
Mas nem foi a primeira vez que fui para a Ásia.
Não foi nem a primeira vez que fui para a Tailândia, na primeira fui ser voluntaria de dar aulas de inglês até com as crianças uma vez. Nem foi da vez que trabalhei numa pousada. Eu tinha abandonado meu doutorado na LSE, e nem sabia o que queria fazer e fui para India de novo. Ainda mais perdida e me chamarão a Pousada Mut Mee. De uma maneira engraçado porque me sentia mais em casa.

Mas quando fui pela primeira vez para a Índia, e já tinha de ter meu primeiro ataque epilético e fui classificado como estava. Aconteceu no Marrocos e eles começaram a me ver como paciente. E, de fato, todo ano muda o que os neurologistas pensam. E de fato sabemos que a mente e o cérebro são um mistério.
Mas foi em 2013 que eu escrevi um livro em ingles, e baseados nos meus blogs. Este livro se chama Mosaic , o que me faz sorrir por que a vida é irônica.

Engraçado, nem foi a primeira vez que fui para a Ásia foi em 2004. Pela primeira vez fui visitar a casa de um amiga da China, e ela veio aqui a Ubatuba.

Diz minha minha mãe, que em 2007 – acorda no meio da noite, na casa de uma amiga no Marrocos, sentindo forte choque na cabeça e constata movimentos involuntários nos dedos de uma mão. Embora assustada, volta a dormir e, no dia seguinte, já nem sabe dizer se aquilo foi real ou um sonho. No avião, já de volta a Londres, onde estava morando, torna a sentir os movimentos involuntários dos dedos dessa mão.
Mas eu me lembro que quis manter em segredo, até uma vez travei de falar e fui ao hospital e 2008
fui parar no hospital no Brasil.
Fiz muitos exames, e ali vem medo e frustração, E o Dr Getulio chega a suspeitar de Esclerose Múltipla. E aquilo ainda questionava tudo.
Aí eu fui para India , tinha uma esperança de conhecer uma outra cultura. Eu me formei como Antropóloga, e musica.

Lá eu comecei a admirar a cultura e cheguei a aprender do Budismo e nem perceber. As vezes sinto que o que somos já está dentro e ninguém tem que te convencer. As vezes vem desde desde 2008

Nunca viajei de elite, nem poderia e nem queria. Mas fiz couchsurfer e hospedei , e amigos pelo mundo. Assim me sinto do mundo . As vezes não consigo chamar de um lugar , mas de um fluxo pelo caninho.
Agora que tenho a minha casa, até me dizem que parece asiática. Eu vejo diariamente de tudo que me faz lembrar que passei pelo mundo, e me faz lembrar dos que vieram. E de uma maneira eu me sinto mais pelo mundo. Tanto como eu morei pelo mundo, e os meus amigos todos que Vieram aqui.

De certa forma, isso me lembra até colegas de faculdade e chouch. Eles vieram da Azia, América, América Latina, África e Oriente Médio. Em outras palavras, as pessoas do mundo. .Todos eles me fizeram aprender tantas coisas, mas de certa forma a Azia está mais presente.
A minha primeira vez que fui à Índia, fui parar em Dharamshala. Ali eu entrei mais no budismo e nem percebi. Fiquei tão tocada de ver os lamas tibetanos fazendo a Mandala e desfazer. Aquilo me fez entender porque nunca fui tão apegada de umas coisas , mas é em Ubatuba que entrei mais no budismo, entendi.
Estava numa festa , e quando entrei na casa com um Bandeiras do Tibete, e eu perguntei a senhora se era Budista e disse que não. Contei que tinha ido a India e por acaso tinha chegado no dia da aula do Dalai Lama.
Ainda não estava nem procurando. Mas iria sempre aparecia na minha rotina. Sei que no dia seguinte essa senhora me mandou uma mensagem e disse “ Sabe que não tem que ir a Asia para ver um monge . Aqui vem um Lama do Nepal.”
Já, já com os preconceitos, fui mandar um recado para uma amiga budista e a conheci na aula do Dalai Lama, na Índia. Ela me apresentou a HH Karmapa, e eu nem sabia quem ele era. E por causa dela conheci muitos Lamas.

De forma precisa, saber quem era esse Lama de Ubatuba. Mas naquele ano comecei a participar mais das reuniões de budismo.

Toda semana eu medito e aprendo o budismo. Minhas novas amigas Thalita e Ana Paula e que fazem a gente perder algo, largar algo que nem ligamos, mas é abrir mão de coisas que nos apegam. Assim como temos que nos desapegar, como manter os que partiram.

Este ano percebeu que estava mais apegada a uma coisa. Foi uma xícara de chá que meu amigo me deu e faleceu. Era minha preocupação perder o que ele simbolizava para mim. Mas quando eu quebrei, eu entendi o que era uma Mandala. Ali que aprendi que nada prende a nossa mente, desde que queremos.
Era do meu amigo Sho . O conheci em Nova York, num restaurante Indiano. Ele estudava na mesma faculdade e me escreveu uma carta e me mandou num papel uma mensagem. Dizia que pensa que nos encontramos há muito tempo. Naquela época achei que era uma carta boba. Mas à família do Sho é da India.

Mas o Sho se tornou num amigo que eu encontrava em vários países. E esteve em casa varias vezes, e poucos tempo de falecer. Eu fui parar no hospital porque coisas me atacam emocional. Uma coisa da mente e seu espirito está aqui. Minha meditação flutua com sua libertação.
Isso toca na minha alma porque entra a me reconhecer como sou. Esse me reconhecer e querendo dividir como caímos e renascemos. E tenho uma gratidão enorme como hoje me disse a ana paula .
“ temos que abrir novos canais” e eu espero que aparecem a me visitar “Vai no fluxo, relaxada”.
Mas com meus comas, me sinto como a mandala e as flores e o lótus, sinto que escrevo do meu jeito, cometo erros, mas sigo pelo caminho.
Com amor
Ju
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