Vovó de novo me acompanhar no Hospital de novo :)

Piorou ainda mais minha capacidade de escrever, mas ainda é difícil abandonar escrever. É duro perder o que fazia, mas eu queria escrever para meus amigos porque, para meus amigos do passado é duro eles entenderem eu não lembrar as histórias. Mais duro já era reconhecer rostos, nomes fora de contexto, até de meus pais. O Andre fora do contexto, não reconheço. Queria pedir para meus amigos não pensarem que não é por eu não dar valor.

Não tinha contado, já era ruim, mas voltei ao hospital no mês passado, porque primeiro tirei o Kepra e estava maravilhoso e levou mais de um ano. Então resolvi tirar gardenal sem contar nada a ninguém e, lá em Ubatuba em janeiro, já tinha tirado bastante. Com pouco estava ótima. Quando tirei tudo, veio a dor de cabeça fortíssima. Fui ao Hospital, lá me disseram para ir a São Paulo. Imagina para minha avó me ver por horas à noite e eu ir de cara ao hospital.

De lá não lembro de nada. Mas lá fiquei 5 dias e dizem, com muitos ataques epiléticos. Tão estranho porque não senti nada de eletricidade. E eu disse quando acordei ao meu novo médico, Dr. Rodrigo, que Kepra não tomava nunca mais. E o que mais me toca, minha avó com 95 anos foi me ver no hospital.

E quando eu disse que eu iria a Ubatuba para pegar minhas coisas que ficaram lá, vovó disse que iria junto. Era só por uma semana porque teria que voltar para ver o médico porque ele iria a uma reunião na França. Lá num domingo porque médico era segunda. A caseira da casa da vovó, Anísia convidou para a festa de 100 anos da mãe. Fomos e Anísia que sabe que sou vegetariana fez na festa uma comida vegetariana para mim e, a meu lado pessoas que nunca viram o meu prato comeram e me perguntaram o que era. Vovó esperou muito tempo para ver dona Maria e partimos.

A Anísia que conheço desde que fui a primeira vez a Ubatuba, me tocou demais e ela entende. Os novos sabem que coloco com contexto. Difícil eu não escrever bastante. Só escrevo para que meus amigos não fiquem tristes se não reconhecer o rosto, alguns amigos já me contam umas histórias que passamos no passado e daquilo, algumas ativam bastante o meu cérebro. Honestamente não todas. Espero que as memórias voltem aos poucos. Mais fácil lembrar histórias do passado do que as novas. Nada tem a ver com o valor. Ataque epilético destrói zonas do cérebro e claro André corrige e antes de publicar vou pedir para a vovó ler. Me dou conta que é muito relacionado a emoção. E fico triste de me dar conta de que eu ficar doente deixa vovó muito emocional e claro, triste. Espero que aos poucos vamos voltando.
Com amor, Ju

Beijos Ju

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