Talvez o evoluir é aceitar as percepções dos outros e o a do nosso maior inimigo é nos mesmos.

Depois de tantos anos falei com a minha amiga Petlis. Pet é de HongKong e estudava na Hofstra em Long Island en NY. Nessa época era ano 2001. Por isso estava no 11 de Setembro.

Falando depois de mais de 10 anos rimos muito. Percebo que não mudamos quase nada, pensando que evoluímos com os ensinos, e com as perdas ou de estarmos envelhecendo 🙂 Portanto rimos porque falamos no Whatsapp com o mesmo estilo. Faz anos que nao falávamos e nem tinha face e Whats 🙂

Pet veio aqui ao Brasil e eu fui para HongKong faz muitos anos. Fomos juntas da faculdade também para conhecer Paris e Londres. Isso também faz anos.

Pet me lembrou que em HongKong eu fiquei doente de comer. Eu não lembrava de nada disso.

Quando contei a minha avó que tem 94 e ela se lembrava. Disse que eu tive febre e fiquei mais impressionada que minha avó me contou que ha mais de 10 anos que eu tinha ficado impressionada que o pai da Pet tinha comprado centenas de filmes para eu ver e ler.

Minha avó me dizendo e ouvindo me fez eu me lembrar de cara. Veio a memória. A casa que eu fiquei em Hongkong. A cama que sentei e deitei pois o pai da Pet achava que eu devia descansar antes de eu passear.

Agora me lembro. Filmes em ingles, alemão, francês e em outras línguas que eu não sabia que línguas eram. Todas do estilo do ocidente.

Hoje entendo. Tendo indo tantas vezes à Asia ja me acostumei de ver em letras que não fazem sentido para muitos ocidentais. Portanto não era fácil para o Pai da Pet me dar livros e filmes.

Imagina como nos compramos para alguém do Laos, de Vietnam, Burma, China, Thailandia 🙂 Claro na lingua deles. Portanto aquilo era de uma bondade maravilhosa.

Ai me fez me lembrar que aprendi a não tomar agua gelada lá. Tomar chá. E até hoje não gosto de beber algo gelada.

E a adoro Chá e café. E diz a Pet e minha avó que fiquei dias sem comer e eu não lembrava. Sei que aqui em Ubatuba agora quando fiquei me sentido com dor de estômago e fazendo muito cocô. Não tomei remedio.

Resolvi ficar sem

comer um dia. Tomar suco e frutas no segundo dia e no terceiro comi um pouco. Portanto fiquei ótima.

Quando falei com a Pet, Ri muito. Rimos muito porque do que eu lembro dela, ela não lembra e eu não lembro do que ela se lembra. Assim é amizade profunda. Em vez de se defender e dizer que é diferente. É aceitar que as nossas percepções sempre são diferentes por mil razoes.

Quando abandonamos nossa vaidade de pensar que assim sempre sabemos melhor começamos a dar risadas e gratidão de voltar a memórias e de entender que sempre prestamos atenção em coisas distintas.

As vezes no nosso egosimos em si, mas quando lembramos do outro é de vermos que pensamos nos outros. Nosso egosimo é de pensar é que num ato ha uma unica realidade 🙂

Também veio aqui a minha amiga Angela que tambem não tinha visto faz tempo e só de nos vermos, nós voltamos a falar com o sotaque que inventamos em Itaunas de antes de 2001.

Como é maravilhoso retornar dos contatos do passado. Do nada veio a minha mente saber da minha amiga Maya de Israel.

Nos conhecemos na Asia e eu ja fui na casa dela faz uns 6 anos em Israel. Agora ela é mãe. Continua com o mesmo namorado e eu me lembro tanto disso.

Confesso das minhas perdas de coma e pergunto se nao fomos para eles comprarem uma casa na fronteira de Israel com Líbano. Fiquei chocada aquele dia.

Ela me manda mensagem no face e ri. E diz não mudei nada e ela lembra dessa casa que eu tinha dito que não era boa ideia.

Acho que do que tem um sentindo profundo. Não esquecemos.

Ontem fui comprar um livro para minha avó que ama ler todos os dias. Olhei, olhei , olhei e quando vi aqui em Ubatuba um livro do meu escritor favorito. Em vez de comprar um novo, achei um livro do Dostoiévski.

Escrevendo aqui eu ri. Eu amo tanto os Irmãos Karamasov. Não comprei esse porque esse minha avó conhece bem do tanto que falo desse livro e minha avo ja leu.

Pego um e vou dar uma olhada e vejo que tem a história dele. Eu sabia que ele tinha estado na prisão. Sabia que tinha escrito livros que eu amo. Sabia que tem epilepsia no meu livro favorito de Irmãos mas eu não sabia que ele também era epiléptico.

Aquilo me fez entender muito mais seus livros. Seu ultimo livro é o que oque mais amo. Lendo sua historia para ver como estão tanto lá.

Escrevo isso rindo porque não mudamos nada. Continuo amando as mesmas coisas.Falando e vemos as mesmas coisas.

Dizia meu amigo Lama Lobsang que nosso maior inimigo era nosso melhor amigo. Eram nós mesmos. E lógico que as pessoas mais próximas sabem melhor o nosso real pelas suas percepções.

Quando nos confrontamos com o que pensam que dizem que somos, ficamos infelizes ou bravos. Tenho percebido que imaginamos que mudamos muito. O duro é aceitar que não mudamos muito. Nossas qualidades são as mesmas, e os nossos erros são os mesmos.

Talvez o evoluir é aceitar as percepções dos outros e o a do nosso maior inimigo é nos mesmos.

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