Hoje pela primeira vez faltou Luz logo as seis da manhã. Tinha Lido sobre isso antes de vir para Birmania e não é que quando fui ver a maravilhosa doutora Euthymia numa quarta disse que tudo já estava pronto e me dei conta que faltava uma lanterna e então ela me deu um presente incrível! Uma lanterninha pequena que não precisa de tomada, de bateria, ela carrega com você virando a manivela. Eu achei um presente incrível. Hoje eu acho ele maravilhoso! Sem ele perderia meu horário das 6 da manhã .
O meu horário foi exato mas a moça do hotel tinha esquecido. Chamou o barco e lá fomos lá para o Inle Lake. Eu amparada de casaco, de guarda chuva e o moço do barco me dá uma capa de plástico. Tenho que abaixar minha cabeça para não levar muita água na cara.
Eu não ligo para chuva quando estou andando mas sentada no barco e a água e o vento vão batendo e vai dando um frio que acho melhor voltar. O coitado do guia diz para ir mais e eu não tenho coragem de dizer não.
Quando é tanta água caindo do plástico resolvo dizer para voltarmos. Digo que não é culpa dele. Prefiro não ficar resfriada. E ele me diz que me traz de volta depois.
Penso no meu pai dizendo que não gostou de Porto pois choveu mas quando voltou com sol gostou. Chego no hotel e resolvo que na verdade o que quero mesmo é voltar para Kalaw. Peço uma passagem.
Durmo umas duas horas e acordo com sol mas não tira minha vontade de voltar a Kalaw. Faço meu check out e venho almoçar no restaurante do hotel caro.
Que comida maravilhosa. Os aperitivos são de quatro tipos e com molhos cheios de tempero. Vou copiar minha refeição:
1: Appetizer
Rice Crackers with tomato salsa
Tofu fritters with deep soya
Shan Cheese roll with green salad
Roasted peanut with leak root crisp
2: Main dish
Avocado salad with mint and pepper
Salad of Shan Asparagus with stone flower Mushroom
Diced tofu in tomato sauce
Stir-fried seasonal vegetable with soya
Creamy Butterfly Bean Soup
Kneaded Shan rice
Pumpkin custard with strawberry sauce
Acreditem que tirando o Tofu e a sopa o resto todo eu comi. Os dois primeiros experimentei mas não comi todo.
A comida estava maravilhosa. E eu vestida de Tamei. E agora me falta uma hora de espera.
Graças a essa comida volto um dia nessa cidade quando o André vier. E seguirei as palavras do meu pai. Na época do bom tempo garantido.
O que mais gostei de ir a Inle foi a Estrada e as pessoas. A comida foi ótima mas a estrada é linda porque nela se vê de tudo. Toda verde. De pequenos vilarejos. De pagodas. E claro por onde passaram os ingleses tem trem.
E apesar do desperdício de dinheiro, e de ser tão turística na hora de ir embora eu já tava tão boa em falar micro palavras na lingua local que eles me respondem em Burmes e eu é claro rio porque eles me entendem e eu tenho que descobrir na adivinhação.
Ganhei carona até a rodoviária de um senhor. Lá fiquei amiga da vendedora. E quando perdi a minha passagem me falaram que não tinha problema. E mais uma vez estou sentada na frente do ônibus. E já tive micro conversas com os locais na língua deles. Eles riem de ver meu esforço. E realmente me entendem porque quando peço água eles me dão 🙂
O ônibus para e todo o meu treino faz a senhora do lado me chamar para descer. Os europeus que estão no ônibus não sabem se estão no ônibus certo. Tento perguntar e eles ficam meio cheio de preconceitos, desconsideram as pessoas que estão tentando ajudar. Depois de eu descobrir para eles fico impressionada que nem se quer agradecem os locais.
Então como fico falando com os locais na hora que o ônibus para e me chamam para descer vou. Vamos juntas, as mulheres ao banheiro, e na saída estão me esperando. Convidam-me para tomar o famoso chá que é de graça. E o senhor do meu lado me oferece a fruta quê comprou. Não tenho fome mas não posso dizer não. aceito.
É um casal do meu lado que me oferece essa fruta. E quando acabo de comer pergunto o que fazer com o caroço e não é que além de água nesse ônibus tem pequenos sacos de lixo. Realmente o que faz valer a pena essa viagem é a estrada cheia de pessoas daqui que são encantadoras.
E acabo de chegar em Kalaw e todos me dizem ” seja bem vinda”. E eu digo a verdade que adoro essa cidade. ” É a sua casa aqui.” Como é bom ter portos pelo mundo. Nong Khai é um, e Kalaw é o novo 🙂
Agora vou lá ver o Min Min 🙂