Meu primeiro coma foi na Tailândia, e nem foi a primeira vez que fui. E minha mãe disse que eu fiquei 30 dia. Cada vez me parece que estou causando coisas emocionais, e não sabendo de como lidar com a minha mente.

Mas eu quero contar sobre o que há muito tempo deveria contar.
Primeiro vejo que todas as vezes estava relacionado a sentimentos, e talvez espirituais.
Talvez eu deva dizer que sempre fui atéia e tenho amigos religiosos e filosóficos do mundo. Mas minha avó dizia que eu era a mais religiosa porque queria amar a todos, e dizia que era ateia, e regia e respeitava a todos. Mas sempre me senti perdido e não queria ficar presa em nenhuma.
Sempre considerava que era livre de ser presa de religião e gostava de ler. E hoje é mais fácil escrever do que ler. Tive muitas lesões no meu cérebro.
Mas antes do meu coma, eu namorava um cara que dizia que quase nada mais era verdade. Mas não quero nem focar nisso. Quero dizer que nossa mente perceberá através da mente. E o nervoso interno começou.
Aos poucos eu deveria sentir. E foi aumentando minha adrenalina e fui contar ao Dr. Getulio, por e-mail que sentia adrenalina, e aumentei meu gardenal.
Lá, na Tailândia, eu sempre dizia que era minha segunda casa no mundo. Eu tinha sido uma vez voluntário ensinando inglês para crianças, um outro ano fui trabalhar em uma casa de hóspedes Mut Mee quando abandonei meu doutorado na LSE
Eu queria ir muito a Burma ( Myamar), qualquer ano que tentava não dava até meu coma.
Estava na segunda vez que tentava ir lá , porque Vipassana ( 10 dias de meditação) eu tinha feito na Inglaterra. E dizem que vem de lá.
Neste dia, estava fazendo meu visto e comecei a sentir energia, precisava andar e respirar e vieram mulheres enfermeiras que vão me virar. “Parece que você está tendo um ataque epiléptico e deveria ir para o hospital.” Entramos e veio um médico, e eu estava bem e tomando Gardenal. Ele me disse para me analisar, mas eu neguei.
Voltei a uma pousada e de lá não sei nada. Meu namorado me levou ao Hospital e chamou meus pais para virem.
Minha mãe registrou
“CRISE Setembro 2013 – entra em estado de “mal epiletico”em Bangkok. Fica internada do 02 ao 20 de setembro no St Louis Hospital em Bangkok, tentando controlar crises de convulsao epiletica. Tem que ser entubada para receber doses altas de anti-convulsivo (Depakote, Keppra) alem de cortisona. Ruben e eu vamos pra la. Qdo conseguimos retornar a Sao Paulo, ficamos mais uma semana no Hospital Samaritano, quando Dr. Getulio comenta que, dessa vez, o estrago tinha sido enorme. Com uma esquizofrenia de origem neurologica, é submetida a um tratamento com clozapina com a Dra. Euthymia Almeida Prado. Dr. Getulio mantem o Depakote e a cortisona. Vai de 44 kg para uns 60 kg. Dr. Getulio se apavora e retorna p/ o Gardenal. Aos poucos recupera-se das alucinações e Dra Euthymia zera a Clozapina que faz muito mal pra ela. É quase que um renascer, só que renasce adolescente. Sofre perda de neurônios, da habilidade de leitura da cognicao.”
Voltei o que lembro do que sempre me pergunta o que vi no meu Coma.
Eu me via no Hospital e conversava na lingua da Thailandia e que não sei nesse Coma. Eu argumentava sobre o tratamento. Depois e via outro planetas, ia um lugar embaixo da terra e via minha prim e era escuro e uma viagem. Não era ruim, nem era de queimar era de procurar lugares.
Mas quando me senti parada na cama preta e de um lado escutava as pessoas brigando. Era entre essas pessoas, e eu quieta e confusa sobre a discussão. Essa eu numa cama e de um lado as pessoas brigando, e do outro lado parado, mas uma vez uma mulher apareceu me perguntou se eu queria viver e morrer. Essa mulher era muito calma.
Eu fiquei surpresa com a pergunta. E nem sei quem é. Mas disse que queria viver . Ela me perguntou porque eu queria viver.
Eu disse que queria por causa da minha avó e do meu namorado na época.
Ela fez as pessoas na discussão desaparecerem, ela não existia mais . De repente ela fez um vidro de vidro e eu vi minha avó caindo, e o meu ex namorado foi andando me a abandonar. Não era de uma maneira cruel , ela queria me deixar informada.
Isso do meu coma eu lembro. Lembro que eu pensava que fui envenenada. Fiquei sentindo por muitos anos.
Mas fora do Coma, eu dizia a todos que fui envenenada.
Eu não sou uma atéia como antes, mas ainda perdida , mas o que me liberta. Prefiro chamá-la de Tara do Budismo. Assim com a minha Gata Dao, que sinto é a espiritualidade do Taoismo.
Tudo que vi no meu coma aconteceu acordada, minha avó caiu , e meu namorado me abandonou. Mas até hoje sou grata que até me levou ao hospital, e eu poderia passar anos com minha avó.
Às vezes eu tenho alucinações mas nem penso em remédio, porque dentro do hospital eu senti até alucinação . Mas tomo remédios para epilepsia e una outros remédios. De alucinação, o melhor remédio é meditar.
O melhor caminho para mim é meditar, agora o mais difícil é aprender de lidar con conosco mesmos.
Compartilho porque acho que todos podemos melhorar. Não se abandone por dentro. E se você puder prestar atenção na natureza e sentir gratidão pelo sol, pela lua e pelo chão. E medite para estabilizar onde você está.
Com amor
Ju

