Sempre me encanta a humanidade. Sempre confiei no ser humano. Sei que tantos que me conhecem faz tempo sabem que fui à Palestina sozinha, fui à caxemira sozinha e tantos luares fui sozinha, e eu sempre aprendi do belo que é a humanidade.
Hoje quis comer no vegetariano e o André e o Rafael não queriam. Ele me deixou lá no centro e eu sai e fui andando pois não tinha bateria. Quando fui cansando e ninguém tinha carregador de Iphone mas tinham dos outros e me emprestavam, mas não funciona. Ninguém tem desse telefone que um dia me liberto :).
Quando parei em tantas para perguntar. Eu ali num lugar em Itaguá e fui beber um coco e como sempre sou de conversar e eu contei a uma menina que eu sou uma pessoa que esquece nomes e rostos por causa dos meus comas. Perguntei o seu nome mesmo que não se sinta mal se nós nos vermos e não lembrar. E ela me disse que seu nome era Índia. Contei “disso eu não esqueço porque amo a Índia demais”. Ela não tinha o carregador e eu não conseguia pegar o Uber sem bateria. Lá estava Índia e o namorado Bruno. Eles não tinham e tentavam baixar o Uber para eu usar.
Eu dizia que não precisavam fiquei conversando e dizia que iria a pé. Aprendi lá que a Índia era de Minas e o Bruno me disse é caiçara.
Eu disse que não tem problema eu ando mais tomando tanto coco que era ótimo. Mas a India me diz: “Muito perigoso. Olha como as motos derrubam as pessoas. Pior que os carros”. Eu disse: “Mas é que também todo mundo tá pedindo coisas sendo entregues. É duro mas é o que vemos” Ela concorda.
Da nossa conversa do nada o Bruno me diz que me leva pois precisa levar água com gelo para o meu lado se eu quiser poderia me levar.
Eu fico super tocada. Aceito pergunto a namorada e ela me diz que ela fica e que eu vou porque não devo subir ao lado de motos.
Quando viemos de carro e ele precisava deixar coisas lá mesmo do lado de Itaguá. Quando me dei conta eu disse que posso ir a pé, pois era trabalho, mas ele me diz que não custa nada me trazer em casa. E eu vim conversando sobre a vida deles. Me contou que a Índia já tinha uma filha e que moram juntos e Bruno gosta, mas quer ter um filho dele.
Me fez lembrar da menina na Tailândia que pegou uma criança abandonada e agora tem a dela. De um amor profundo.
Nunca entendo por que as pessoas têm tantos medos de tudo, mais difícil é saber o propósito da vida. A morte é uma certeza que nós vivermos. Como eu vi ontem a tradição da filosofia de Ikigai do Japão na wikipédia.
Eu sou grata por essa rota me fazer voltar a como era e sempre se desfez, mas me sinto que estou de volta. Para mim é me descobrir quem eu era. Como na Índia eu aprendi do Dalai Lama a base compaixão, impermanência e a paz. Mas nunca esqueço suas palavras a base: “Não seja Budista, respeite todas as religiões e aceite o que está por dentro.” Assim hoje me sinto muito igual. Amo voltar a escutar as histórias dos outros, não de versões da televisão. Ontem que contei ao Sho, sua família da Índia e eu contei da minha exaustão da televisão ele me mandou a filosofia de Ikigai.
“Razão de viver”, “objeto de prazer para viver” ou “força motriz para viver”. Existem várias teorias sobre essa etimologia. De acordo com os japoneses, todos têm um ikigai. E descobrir qual é o seu requer uma profunda e, muitas vezes, extensa busca de si mesmo. Porém, essa busca é extremamente importante porque, somente a partir dela, é possível trazer satisfação e significado para sua vida.
A minha sempre foi de escutar as histórias e falar com os outros. Mas como diziam “Seu inimigo é seu melhor amigo é vc.” Espero um dia aprenda saber melhor. Acho que no dia que estamos lá voando me damos conta, mas por aqui continuo confiando e falando com os outros. Assim hoje conheci a Índia e cheguei em casa ouvindo suas vidas e eles ouviram a minha. A vida é a coisas mais bela. A minha e dos outros.
Como amor, Ju