Hoje estava vendo as fotos do Tibete que a Denise postou, me deu uma saudade que não sei explicar.
Conheci a Denise em DharamSala na Índia. Mais incrível foi que eu a conheci quando fui ver aulas do Dalai Lama por sorte.
Quando eu conheci por um acaso, ou de maneira espiritual que me dizem. Se é tive a sorte enorme de ela me convidar para conhecer Karmapa.
Eu aceitei e nem sabia o que aquilo queria dizer. Marcamos nos ver no dia seguinte.
Isso foi em 2008. Estava eu com o Haiko, e nós agnósticos, não religiosos e não sabíamos nada do Tibet.
Quando eu fui ler na internet quem era Karmapa. Li que enquanto o Dalai Lama estava 14ª reencarnação, o Karmapa já estava na 17ª reencarnação. Por isso são conhecidos como HH (SS) Dalai Lama, e HH ( SS) Karmapa.
Eu que nunca acreditei no que era escrito das religiões, eu nunca parava de gostar mais de aprender sobre elas.
Fomos encontrar Denise, que estava com Rita e elas me contaram que iriamos a um lugar mais longe, para irmos no Templo onde ficava Karmapa.
Eu não sabia o que seria. Pegamos um transporte e eu fui pensando que era mais interessante. Quando chegamos havia muitas pessoas. Havia ocidentais e muitos tibetanos. Aquilo me impressionou. Fiquei feliz de estar naquela aula.
Na minha total surpresa Denise me contou que tinha um encontro privado. Eu fiquei surpresa. Expliquei a um Lama tibetano que estava lá que não tinha lenço do estilo que Denise e Rita estavam usando.
Quando perguntei onde comprar e como fazer quando iria ver Karmapa. Um Lama me deu seu lenço, e ensinou a quando entrar, baixar a cabeça e por no chão e abaixar 3 vezes. Que eu deveria sentar e fazer uma pergunta a Karmapa e ele responderia.
Entramos eu, Haiko, Denise e Rita. Lembro que na hora de pergunta uma coisa. Eu disse “Não sei o que é, o que tenho do meu problema.”
Karmapa levantou e foi tocar na minha cabeça. Nunca vou me esquecer
“ O seu problema é elétrico e eu sempre vou estar com vc”
Eu chorei, me tocou demais. Eu que não acredito em nada, e tenho epilepsia, fiquei tocada demais.
Hoje me faz lembrar que não era apenas epilepsia, é uma solidão interna.
Só sei que assim comecei a me aproximar dos Tibetanos. Eu nunca tive uma coisa que não fosse profunda dos Tibetanos.
Isso não quer dizer é uma palavra carinhosa. Era sempre uma palavra de ser mais consciente.
Quando conheci Rinpoche e lagrimas saíram sem eu vê-lo. E ele de longe disse
“Se saiu uma lagrima é porque nos conhecemos de outra vida”
E eu a mais ateia e descrente, não sabia explicar.
Como diria HH Dalai Lama respeite todas as religiões, mas aceite o que é o natural.
Meu amigo Sho nunca entende porque não acredito em reencarnação.
Tudo que eu sei é que vendo o Tibete me sinto em casa, mesmo nunca tendo ido.
Tudo que sei é da minha eterna dúvida de dizer “ Isso é assim. “
Eu sempre serei da duvida, e sempre com saudade dos Tibetanos. Quase tudo na nossa vida é um mistério.
E sempre com saudade do Tibete.
Com amor, Ju