Chegouei a Bagan ontem a tarde e aproveitei a piscina. Depois jantei com três engenheiros. Um americano, um alemão e um búlgaro.
Passamos horas debatendo o Tesler e eles sempre eram de uma visão a vida de cada um é insignificante. Reconhecendo seus privilégios por documentos e cor.
E eu reconhecendo o meu privilégio de não me sentir tão diferente de ninguém. De sim ter mais direitos que muitos e debatendo que mesmo dos ricos do capitalismo a fAlta flutua.
E não é que eles me convencem de ir com eles de manhã bem cedo de moto ver os templos pagodas etc .
Eu sou a primeira a estar aqui. Eu nem sei andar de moto. Pego a menor e eles saem correndo. O Búlgaro para mais para me ajudar. E os outros desaparecem. Estou eu lá indo sozinha quando aparece Paulkyi.
Ele me vê perdida e pergunta o que busco. Eu digo que não é nada e ele me diz que pode me acompanhar. Eu explico que não quero dar trabalho.
Ele vem comigo e me dá uma aula de esculturas, de buddhas, de tudo. E eu conto da minha família e ele me conta da dele. E me convida para conhecê-los.
Conto da Leila e coloco a carta que escrevi para ela num Buda que vi por acidente . Ele se diz que posso por lá. Foi monge três vezes. Por esses lados enquanto lá viram do exército aqui eles viram monges.
Conta me que sua família é de 5 gerações aqui. E quando pergunto o que faz me diz que é pintor. Peço para ver e ele diz que sim, não é esforço dele. Sou eu que quero ver.
Oferece de me mostrar até sua família e eu tenho necessidade de tomar café da manhã. São as 5 e não tinha comido.
Trocamos o contato e ele me mostra seu vilarejo e me pergunta se quer que ele me trague no hotel. Eu digo que não. Eu dou conta.
Me perco um montão mas com a chave do hotel todos me ajudam. Vejo todo o vilarejo.
Na hora de me despedir pergunto ” como te agradeço?” E ele me diz eu que agradeço você tem um bom coração. Insisto mas ele nega a necessidade.
Ele estava de boné do Brasil e na hora de dizer adeus eu queria gritar para o Americano como é triste a visão do mundo que ele tem.
Para ele a dona Maria sente minha falta pela comida não pelas palavras. Para ele esse homem queria me cobrar e eu até achava mais do que justo pagar. Mas não , na profundidade da humanidade á coisas que valem bem mais que uns reais. Ele me ensina a saber não cair.
São as palavras. É o respeito pelo o outro. É se reconhecer similar e não privilegiado por coisas materiais.