Vejo o mundo em pedaços… mas, como eu passei por muitos mundos nesses anos, hoje depois de mais um incrível colapso do meu corpo sento-me aqui e uso quase toda força que eu tenho para escrever mais uma vez.
É duro, eu fiquei fora do mundo por dias. Cheguei no no brasil em Setembro. So agora em Dezembro comecei a navegar de volta este mundo direito. Não sei bem de onde…. não sei bem com quem.. nem bem a direção…. Ou melhor, tem horas que as palavras se apresentam naturalmente, palavras curtas que não exigem de mim muito, e se escrevem mais comumente . Flutuam naturalmente de onde aparecem , flutuam para a direita como um rio na Amazonia, já noutras horas me sinto no Oriente Medi(c)o/ 🙂
Então, eu acho que devia começar pela esquerda e fico voltando a cabeça para esquerda, tentando encontrar todo o passado que eu vivia em silencio, quase um olhar para um deserto distante. Esse olhar sempre da-se sempre para Esquerda
Isso quando eu ainda lembro a grafia das palavras. Eu nunca soube escrever direito, e muito menos pontuar nada de acordo com o Prof Pauscuale…hoje, a minha grafia será assim insólita, não por estilo, não por experiência …É a verdadeira simples incompetência… talvez no passado eu defendesse saramago, o ou grande pessoal da acadêmico do processo de post colonial thinking ( que eu nem sei como se chama em português) que afirmam dentre muitas outras coisas coisas que a norma culta nada mais é que um elitismo.
Continuo concordando com muitas de suas criticas… mas temos que reconhecer que uma norma culta é uma misto de elitismo ( na escolha do que é escolhido) mas também uma maneira mais uniforme na busca de um processo de deixar as coisas mais eficientes e em mais lugares….
Todas essas viagens e estudos me levaram a ir para um milhão de pessoas em mil línguas, com mil sociedades que se encontravam e se manifestavam de mil maneiras em mil maneiras… Religioso ou Ateu devemos pelo menos devíamos concordar numa coisas: a vida normalmente luta pela vida. Então se vc acha que eu to escrevendo isso para eu pregar já eu já aviso que nao é isso.
Isto me deixa exausta tenho que reler muitas vezes. Vou aos poucos tenteando voltar e escrever o que o que eu sinto. Tive uma vida dizer buscando sentido, de uma forma ou outra acadêmica, no amor , na religião não sei porque tanta vulnerabilidade.. (totalmente produtos da minha mente) meu corpo teve colapsos eles foram no meu cerebro. Pedidos de ajuda talvez. Meu corpo sempre no meu cérebro
que nessa vez me deixou com uma consciência de possível escolha de morta. Mas hoje eu já escrevi demais… eu escrevo mais para frente.
Escrever me ajuda me trazer de volta ao mundo daqui, foi um pedido do grande Dr Getulio, ele sabia que me ajudaria a entender os processos que eu eu observo, faço em português pelo Aquiles, pois imagino que o veria como uma busca, um volta a minha casa interna, familiar da minha infância.
Eu tenho até babá, com nome agora cuidadora. A Crê que cuidava de mim quando eu era criança… e dormia do lado da minha cama. Cuida de mim como de criança, as vezes me ajuda muito noutras me desespera, e sinto-me que sou eu que está a cuidar dela. Com o direitos de uma menina pequena não levada à sérios .
Escrevo mais para frente. e noutra hora. É difícil, é tudo aos poucos, então paro aqui com as ultimas coisas importantes.
Eu tive o primeiro colapso no Marrocos quando eu viajava só. A principio íamos eu e o Haiko meu ex, e a minha amiga Adriana. Passeávamos pelas cidades importantes, pelo o deserto etc… mas no separamos cidades em Fez, quando eles tinham que voltar para o UK para trabalhar…. e eu podia ficar mais. Então eu fui olhando tudo, eu que nunca gostei de comprar nada, e nem gosto de mercados, acabei me encantando com as estórias dos tapetes, as comidas e o mistério daquele Ramadã.
Cheguei mesmo até à fronteira cruzando para a Espanha ali absurdamente a Espanha no continental Africano. Foi quase que lá eu creio que em toda aquela ambiguidade, vulnerabilidade, complexidade se acordou no meu corpo. Ali naquela fronteira de pessoas tao perdidas e tao soltas, tao livres e tao buscando tao gravemente algo que se soltou em si.
Voltei eventualmente para passar mais tempo em Marrakesh com Mounia e tive o primeiro colapso depois de viajar durante Ramadam na casa de Mounia , ja escrevi sobre isso no passado, o quanto a simbologia da sua pintura me devasto.
Foi naquela noite vendo aquele quadro um corpo que se comprima e tentava sair daquele lugar…. como naquela noite eu tive um ataque epiléptico sem bem saber bem o que era, pois eu estava dormindo e nao queria sabia e nem queria pediar ajudar….
Essa rota é longa e vou fazer esse exercicio para voltar
Eu tive 3 ataques muito distintos desde 2007. Todos meio sem explicação. Vou tentando escrevendo aos poucos porque tudo isso aqui me deixa assim com um novelo que se afrouxa e ao mesmo tempo abrocha.
Obrigada a todos que sempre ficam me dando um baita ajuda. Agradeco todos os deuses e todos os cientistas. Ju